quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Mudanças no blog... :)

Olá pessoal,

visando tornar este blog cada vez mais interativo e informativo, pretendo em breve realizar algumas mudanças.

O conceito permanecerá o mesmo: o foco será em gerência de pequenas e médias empresas e também naqueles que estão começando ou que passem por dificuldades típicas de um GP. O meu dia-a-dia permanecerá como assunto, mas deixarei para relevar fatos mais marcantes.


Tenho certeza que vocês irão adorar a idéia.

Aguardem ! :)

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Lições aprendidas em "O Aprendiz"


Quem aqui nunca ouviu falar do famoso: "YOU'RE FIRED!" do excêntrico Donald Trump?

Eu confesso que não gostava muito de assistir ao programa (nem a versão Brasuca). Até tinha curiosidade, mas sempre esquecia.

Neste final de semana, domingo, dia chuvoso... eu e a namorada zapeando a televisão, me deparei com o programa no canal People+Arts. No jornal havia visto que teria uma maratona da 5a temporada do programa.

Assisti três episódios e fiquei fã da série. Pelos seguintes motivos:

1) Donald Trump. O cara arrasa demais. Podem falar o que quiserem dele, mas tudo o que ele fala no programa tem sentido. E ele é extremamente justo nas suas decisões.

1.1) Ivanka Trump. Conselheira do seu pai. Uma imagem justifica tudo.


2) Os projetos. Cada equipe recebe um projeto completamente diferente do outro nas provas. Coisas do tipo: organizar uma pequena exposição para o XBox da Microsoft, dentro do Wal-Mart, aliando as duas empresas; realizar toda renovação dos uniformes de uma grande cadeia de hotéis; organizar um evento beneficiente para coletar fundos para alguma entidade; e assim vai. Coisas bem distintas e que envolvem SEMPRE grandes empresas.

3) As pessoas. Cada equipe elege seu gerente de projetos para cada projeto. E é aí que começamos a nos enxergar: conspirações, problemas, conflitos, crises... é sensacional ver o que pessoas sem escrúpulos são capazes de fazer para vencer. E o pior: elas acham que ninguém irá perceber que elas fazem isso. E o pior ainda: elas acabam afundando a equipe toda.

4) A avaliação dos clientes. Durante todo o projeto, nós conseguimos identificar já alguns problemas bem típicos, como por exemplo: neste projeto dos uniformes, uma das equipes entrevistou poucos funcionários e não levou em consideração o que eles queriam: algo simples e funcional. Fizeram uniformes que só caberiam em modelos, sendo que as camareiras são bem gordinhas! O outro time fez tudo direitinho e levou essa prova. Outra situação em que valeu bastante aprendizado: neste projeto da Microsoft/Wal-Mart, uma das equipes quis fazer algo muito grande e complexo. Ficou dependendo MUITO dos fornecedores, o que era um risco enorme. Deu no que deu: o resultado final foi que fizeram algo muito improvisado e que ficou evidente. Em compensação, eles acabaram vencendo a prova pois conseguiram aliar produtos da Wal-Mart no conceito do XBox.

5) A reunião com os perdedores. É aí que vemos o show do Donald Trump. Ele consegue ler facilmente os "perdedores", fazendo perguntas que de início parecem que são apenas para colocar lenha na fogueira e dar audiência, mas de fato é para colocar os pretendentes na parede e extrair suas reações sob pressão intensa. Num dos episódios, ele não hesitou em demitir uma excelente profissional por ela ter sido uma péssima líder, mesmo sabendo que as outras duas "colegas" fizeram um boicote evidente. Porém, foi coerente quando estas duas que se diziam amigas inseparáveis, ao perder o projeto seguinte, tentaram culpar uma à outra de forma infantil. Numa decisão surpreendente, ele demitiu as duas!! Foi sensacional!


6) O site. Procurando mais sobre o programa, encontrei o site deles na NBC. É EXCELENTE!! IMPERDÍVEL! Mesmo se você não acompanha o programa, vale a pena ler. Pelo simples fato que possui uma seção com LIÇÕES APRENDIDAS! Aqui tem um exemplo, depois basta navegar pelos menus para acessar as outras opções. Eu diria que o site é essencial.

Não sei se a versão brasileira chega aos pés da americana, tomara que sim. Eu só sei que não perco mais nenhuma edição :)

Enfim, se você ainda não cogitou assistir ao programa, pense duas vezes. Está perdendo uma grande oportunidade de aprender MUITO. Nunca a expressão "YOU'RE FIRED" foi tão interessante e educativa.




Abraços!

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Jogos e gerenciamento

Essa é pro final de semana!

Eu havia mencionado que faria uma lista de jogos de computador que eu acredito que podem agregar alguma coisa ao nosso dia-a-dia no gerenciamento. Pois aqui vão os meus TOP 5 (lembrando que eu cito os jogos que eu joguei!).

NÚMERO 5: Série Brothers in Arms


Esse jogo eu resolvi citar apenas por ter um exemplo de jogos em primeira pessoa. A história é a mesma de quase todos: você assume o papel de um personagem e anda pelos cenários atacando inimigos e etc etc.

O que diferencia este jogo dos demais é a possibilidade de utilizar a coordenação de equipe. Mesmo que tudo seja artificial é interessante perceber que somos o líder de um pelotão e que para vencer os inimigos precisamos organizar cada equipe para atingir o objetivo. Nós passamos mais tempo coordenando do que dando tiros. Eu sou um entusiasta da 2a guerra mundial, então esse jogo caiu como uma luva pra mim!

Acredito que não agregue muito ao nosso dia-a-dia, a não ser o fato de termos que tomar decisões rápidas e coordenar uma equipe. É uma experiência interessante, mas pode requerer um computador mais sofisticado.

Existem os jogos da série Rainbon Six, mas eu considero estes muito complexos...

NÚMERO 4: Série Age of Empires


Duvido que algum de vocês não tenha jogado este jogo :)

O conceito é estratégico: desenvolver sua cidade ou aldeia, enquanto você também tem que repelir ou aniquilar o exercito oponente. Traz um conceito primário de gerenciamento: temos que planejar como será nosso crescimento (se tecnológico ou militar) para priorizar as tarefas.

É interessante por dar uma sensação de que temos que planejar coisas em curto, médio e longo prazo e também de priorizar atividades. Tem uma jogabilidade simples e requer qualquer computador para jogá-lo (nas versões I e II). Claro, existem diversos filhotes deste conceito de jogo para todos os gostos.

NÚMERO 3: Série Total War


Pra mim, os melhores jogos de estratégia são desta série Total War. Joguei as duas últimas versões, o Rome Total War e o Medieval 2 Total War. Ele possui dois tipos de jogos no seu sistema: uma na versão de batalha (similar ao Age of Empires) e outra na versão estratégica propriamente dita.

É extraordinário assumir o papel de um Julio César e partir com seu exército dominando regiões. O planejamento aqui é bastante pesado: não adianta sair criando exército a bangu: o orçamento é apertado! Então para atacar uma região, é preciso ter certeza de que suas cidades conquistadas não ficarão à mercê dos inimigos (a inteligência do computador é configurável e é bastante agressiva!). Cada cidade tem que ser planejada para ser militar, ou tecnológica ou apenas um ponto de referência para o próximo ataque. Um bom planejamento e execução rende conquistas e glórias. O que é espetacular no jogo é o cenário e o som, mas requer um computador um pouco melhor.

Ah sim, também negociamos bastante neste jogo. É preciso buscar aliados e oferecer algo em troca. Alguns são muito chatos então temos que saber negociar (ou em alguns casos, atacar e depois negociar). No Medieval 2, por exemplo, podemos eleger um Papa, conforme é nossa relação com o papado.

Notem quantos aspectos gerenciais existem neste jogo. Eu gosto muito dele, só parei de jogar pois é extremamente viciante.

NÚMERO 2: Série Championship Manager/Football Manager


Outro jogo bem gerencial. Existem jogos neste estilo para qualquer tipo de esporte, mas vamos ficar no futebol, o mais conhecido.

Assumimos um clube de futebol e temos objetivos a alcançar (dependendo do time, ficar na série atual, conquistar o título, etc.). Mexemos desde as contratações, até a tática do jogo. É bastante interessante de jogar, mas o começo requer um planejamento enorme, o que o torna meio chato no início. Porém, depois que se começa, duvido alguém ficar menos de duas horas jogando.

O que este jogo acrescenta em relação aos anteriores é a questão RH: os jogadores tem perfis diferentes. Alguns vão chiar se forem substituidos, outros vão reclamar por não serem aproveitados, outros vão ser desagregadores, etc. Adivinha quem resolve isso? :)

Se não fosse a questão RH, eu o deixaria em 3o lugar, atrás da série Total War. Mas a questão RH é bem interessante de se considerar. Não requer um computador muito sofisticado, mas é meio pesadinho.

NÚMERO 1: Série Sim City


Não tenho não colocar os jogos da série Sim City em primeiro lugar. Este pra mim foi um dos jogos mais revolucionários de todos os tempos (comparáveis aos The Sims, da mesma empresa!). O conceito aqui é sensacional: sem mortes, sem inimigos.

Administrar uma cidade é um grande projeto. Todas as nove áreas do PMBOK podem ser aplicadas neste jogos. Senão vejamos alguns exemplos:

Integração: recebemos relatórios, preenchemos formulários, etc.

Comunicação: podemos criar, na versão 4, alguns cidadãos para receber um feedback da visão deles na nossa cidade.

Riscos: Desastres acontecem. E se seu orçamento não for bom, o impacto será enorme!

RH: Os seus secretários sempre querem que vocês resolvam os problemas deles primeiro. Um quer meio-ambiente, outro quer saúde, outro quer segurança. E as greves rolam soltas...

Qualidade: não adianta planejar as zonas das cidades, por planejar. Se você colocar uma zona residencial de ricos, do lado de uma zona de indústrias, o resultado é catastrófico. Saber o que fazer é essencial.

Escopo: saber o que fazer é o primeiro requisito de qualquer negócio.

Tempo: o jogo não possui um prazo para acabar, mas algumas situações podem ser interessantes para considerar o tempo, como por exemplo zonas agrícolas (elas são excelentes no começo, mas é preciso programar a sua extinção) e sistemas de energia (elas tem prazo de validade, é preciso planejar a substituição em tempos em tempos).

Custos: um dos principais fatores do jogo, o orçamento é minguado e é preciso saber o que fazer com ele.

Aquisições: administre bem seu orçamento, caso contrário será obrigado a fazer parcerias negativas (receber uma zona de testes de lixo atômico, por exemplo, ou um cassino). Isso tudo tem impacto negativo na sua cidade, mas agregam custos. Saber fazer parcerias com outras cidades é interessante também.

Poderia citar todo o processo de iniciação, planejamento, execução, controle e finalização (para alguns conceitos), mas acho que vocês já entenderam o recado.

O legal é que tomar decisões é algo constante no jogo, inclusive "apagar incêndios" a cada minuto. Por exemplo, a demanda por uma zona industrial era grande. Resolvi demolir vários quarteirões de zona comercial (que estava em baixa) e construi a zona industrial. No mês seguinte, a zona industrial caiu horrores (os impostos estavam altos) e meu orçamento quebrou totalmente. hehehe Ainda bem que aqui neste jogo uma decisão errada pode ser corrigida com um "Load game".

Eu recomendo muito este jogo. Se o seu computador não é muito bom, procure versões anteriores (Sim City 2000 ou 3000). É talvez o jogo que mais agregue ao nosso dia-a-dia de gerente. Vale a pena! :)

Bom, estas são minhas dicas para seus finais de semanas serem divertidos e ao mesmo tempo produtivos! Aproveitem.

Abraços!

Novas idéias...

Ontem foi feriado aqui no RS. Revolução Farroupilha. Aproveitei o dia para...... fazer NADA! Instalei o Sim City 4 e passei literalmente o dia de chuva inteiro jogando. hehe

Um bom gerente de projetos deve jogar o Sim City! Nada como administrar uma cidade com orçamento, pressão de todos os lados (saúde, segurança, meio-ambiente), planejar o crescimento, etc. Acho que até futuramente vou levantar alguns jogos interessantes para os que, como eu, gostam de jogar. E que tenham a ver com o gerenciamento :)

De noite, quando deito na cama, geralmente eu gosto de rabiscar algumas idéias que surgem. Acho que a noite é o meu horário de ter idéias. Ontem, por exemplo, surgiram duas idéias que pretendo trabalhar hoje (já que quase todos fizeram feriadão, vou aproveitar!).

A primeira é a aplicação de algumas métricas para mensurar os resultados. Tudo com base nas informações levantadas (painel de atividades, impedimentos, etc.) que surgem nas reuniões ao final de cada ciclo.

E a segunda é a criação de mais um post-it para o painel de atividades. Atualmente existem dois tipos de post-it: amarelo para indicar atividades planejadas no ciclo e rosa para destacar atividades fora do planejamento. Eu irei colocar mais um: azul para indicar atividades que dependem de recursos externos.

A minha idéia ao identificar essas atividades é visualizar de fato aquelas atividades que requerem um contato com fornecedores, reunião com parceiros, etc. São atividades que geralmente podem vir a atrasar e que não dependem exclusivamente da equipe de desenvolvimento.

Ah, posso incluir mais uma idéia que eu tive para formalizar o quesito "atividade". O que seria uma atividade para o painel? Eu defini, inicialmente, da seguinte forma:

Atividades com duração estimada de até 1 hora:
  • Não é uma atividade formal, logo não vai para o painel.
  • Exemplos: configurar emails, enviar emails, telefonar para alguém, etc.
Atividades com duração estimada de 1 hora até 8 horas (2 dias de trabalho, na empresa - meio turno):
  • É uma atividade formal, logo entra no painel de atividades
  • Exemplos: configurar servidor, corrigir bugs, comprar equipamentos, programar classe XYZ, desenvolver capítulos 1,2 do documento ABC, etc.
Atividades com duração estimada de acima de 8 horas (mais de 2 dias):
  • Atividade muito extensa. Quebrar essa atividade em pacotes menores de 1 a 8 horas de trabalho
  • Exemplos: Desenvolver a arquitetura do projeto, criar a placa do protótipo, desenvolver documento ABC, etc.

Pois é. Tudo isso surgiu só ontem a noite. Ainda bem que anotei :)

Esse é o último post da semana. Bom final de semana pra vocês!

Abraços

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Reuniões, reuniões e reuniões.

Este assunto já é meio batido, mas eu decidi trazer a minha experiência para reforçar ainda mais a idéia.

Todos nós sabemos da importância de uma reunião: nela todos os envolvidos discutem e apresentam suas considerações sobre o assunto. Em alguns ambientes de trabalho, a reunião pode vir um dos pontos mais importantes do dia-a-dia. Meu caso é parecido com este, já que a equipe se reune com o meu chefe toda 2a feira para apresentar os resultados e discutir rumos (teoricamente).

Qual o problema que tenho passado? Eu vou resumir a dois pontos: reunião sem hora para acabar e sem pauta ou com pauta "fraca".

A primeira situação, onde as reuniões não tem um limite de tempo, atrapalha muito, mas muito mesmo. As duas reuniões que tive nesta semana (na segunda-feira e terça-feira) extrapolaram uma hora. Reuniões com uma hora ou mais tornam o ambiente muito dispersivo. Ou nós começamos a "viajar" ou então simplesmente perdemos o interesse. É PRIMORDIAL DEFINIR UM HORÁRIO LIMITE PARA UMA REUNIÃO! Eu descobri isso. Vou estipular em 40 minutos o tempo das reuniões, sendo "extensíveis" apenas em casos justificáveis.

A segunda situação, da pauta, é talvez um dos maiores e mais comuns erros que ocorrem em reuniões. E talvez seja o primeiro mandamento de uma boa reunião... "talvez"? Acho que peguei leve!

Ir para uma reunião sem ter definido ao certo o que será discutido é cometer um suicídio no seu horário de trabalho. Sem uma pauta, a reunião vai se extender, serão discutidos assuntos totalmente fora de questão, não serão definidos os rumos e todos ficarão com a sensação de que perderam um enorme tempo. Acredito que este erro seja o responsável por difamar o termo "reunião", para muitas pessoas.

Eu, a partir de agora vou dividir minhas reuniões em quatro momentos:

a) Apresentação do que foi realizado;

b) Discussões acerca do que foi apresentado;

c) Definições dos próximos passos;

d) Impedimentos que podem atrapalhar.

Opa? Isso não parece com algo que conhecemos? As "Daily Meetings"? :)

O importante é o gerente de projetos liderar a reunião buscando a manutenção do FOCO. O meu chefe costuma trazer diversos assuntos diversos para aquela reunião. Coisas do tipo "aproveitando que tu está aqui temos que contatar o Fulano por causa do Projeto XYZ" sendo que a equipe presente na reunião corresponde ao projeto ABC.

Se você é um gerente de projetos e também costuma sair das suas reuniões com esse sentimento, bem-vindo ao time. Agora, lute para mudar este cenário. Vamos tornar as reuniões produtivas e conclusivas, principalmente.

Abraços!

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Dia de folga... ou não?

Hoje acabei tirando o dia de folga do trabalho. Precisava resolver uns pepinos pessoais e então vi que não valeria a pena ir trabalhar uma ou duas horas. Até porque amanhã é feriado aqui no RS.

Uma vez li um artigo do Max Gehringer (acho que já citei no blog, inclusive) onde ele fala algo que eu guardei para sempre (tentei lembrar as palavras, mas vou colocar mais o sentido):

"Nossa motivação para com o trabalho pode ser medida ao olharmos o relógio durante o expediente. Se a reação for 'Puxa, são recém 17h?', você inconscientemente não está satisfeito no seu trabalho. Se a reação for 'Puxa, já são 17h?', sua motivação está alta."

Pois no meu dia de folga, hoje, acabei ficando entediado. De horas em horas acessava o email para ver alguma notícia do trabalho. Revisava algum artigo que eu pudesse agregar no trabalho. Pensava nas atividades que tenho pra fazer. Enfim... inconscientemente acabei me sentindo um pouco "culpado" por não ter ido trabalhar.

Tenho que confessar que este sentimento não era assim há alguns meses atrás, quando a empresa estava uma sbórnia (ainda está, mas beeeem menor!). Admito que fiquei feliz por ter sentido isso. Ao que parece, tenho tudo para me realizar na profissão que eu escolhi. Auto-realização... nível máximo na pirâmide de Maslow. Será que consigo? hehe

Abraços

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Mudando de ambiente

Perdi a queda de braço com a diretoria. Infelizmente, não havia outra saida senão a mudança da equipe de desenvolvimento para o laboratório do grupo de pesquisa.

O argumento de que a empresa precisa de um espaço físico para a área comercial é válido, mas eu não concordava com a passagem da equipe para o grupo de pesquisa. Durante a reunião de ontem com o meu chefe, eu e parte da equipe colocamos a situação para ele. Ele de fato concordou, mas disse que infelizmente isso precisava ser feito, pelo menos momentaneamente.

Enfim, vou partir para um NOVO desafio: adaptar essa metodologia de desenvolvimento para o rítmo do grupo... um ambiente BEM diferente do que tínhamos na empresa.

Só que não aceitarei mais cobranças de "prazos não cumpridos".

Essa "simples mudança de ambiente", como parece que é para eles, vai consumir no mínimo uma semana. Estaremos alocando recursos em atividades que nada agregarão para a empresa.

Mas....................... fazer o que né?

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Enquete e links...

Criei uma enquete ali no lado direito do blog. Para tornar um pouco mais interativo o blog :)

Se você estiver visitando, não deixe de votar. É bom até para saber o volume de gente que tem visitado...

Ah e se você tiver um blog sobre gerenciamento/gestão/motivação ou algo relacionado a gerenciamento de projeto e suas diversas áreas de atuação, por favor, deixe seu comentário aqui com o link que eu publico ali abaixo :)

Abraços!

O sucesso de um projeto

Em alguns dias que não houver muito o que dizer, vou tentar preencher o espaço com alguns devaneios ou pensamentos que eu esteja tendo. Podem ser idéias absurdas ou, quem sabe, a chave para o sucesso! hehe

Tempos atrás estive pensando com meus botões: o que poderia ser considerado como um fator crítico de sucesso para o projeto? Sabemos que o sucesso de um projeto geralmente é medido pelas três vértices da pirâmide, sendo elas:
Recentemente, surgiu um quadrado, com a adição de mais um vértice:
De fato, eu considero estes quatro fatores primordiais para o sucesso de um projeto. É difícil imaginar um projeto com sucesso se o escopo foi entregue completamente diferente do que foi planejado, o tempo extrapolou em meses, o custo extra bateu a casa dos três dígitos e a qualidade... bem, ela sequer foi considerada. Do mesmo modo, eu poderia me arriscar a dizer que se dois destes fatores forem atingidos com alguma acurácia, o sucesso do projeto pode ter sido alcançado (por exemplo, tempo e custo extrapolaram, mas o projeto cumpriu o escopo e a qualidade desejada).

Após o sucesso da recuperação não só da produtividade e da autoridade (no sentido de eu novamente ser visto como líder), como também o comprometimento e a motivação de todos da equipe, eu comecei a repensar se o sucesso de um projeto não poderia ser representado também por dois fatores IMPORTANTÍSSIMOS para um projeto:

- COMUNICAÇÃO

- RECURSOS HUMANOS

Ora, sabemos que todas as pesquisas realizadas por órgãos competentes na área de gerenciamento de projetos apontam como a comunicação sendo o maior problema para o fracasso de um projeto. Eu vivo isso na pele, e sei o quanto a falta de comunicação complica com as coisas. Informações perdidas, decisões não comunicadas, decisões tomadas sem o conscentimento das partes interessadas (stakeholders), mudanças de rumo freqüentes, reuniões interminááááveis e pouco produtivas, falta de conhecimento de onde estamos, onde estávamos e para onde iremos... ufa! Poderia citar centenas de problemas aqui.

E os recursos humanos? Primeiramente sabemos que NÃO HÁ PROJETO SEM PESSOAS! Em segundo, sabemos que apenas uma pessoa na forma de um ente físico, não produz nada! Em terceiro, sabemos que uma pessoa treinada e capacitada, pode e costuma trabalhar abaixo do seu rítmo. O que precisamos então fazer? Geralmente procurar o foco desses problemas que afetam a produtividade do seu membro da equipe. Uma pessoa que não produz geralmente está com problemas pessoais e/ou profissionais. Um gerente que conhece sua equipe, consegue identificar e solucionar (na medida do possível) estes problemas chegará a uma equação simples e ótima:

MOTIVAÇÃO + COMPROMETIMENTO = PRODUTIVIDADE

Então eu pergunto para vocês, caros leitores, vocês acham que um projeto em que a equipe esteja na plenitude da motivação/comprometimento/produtividade e que a comunicação do projeto esteja em perfeita sintonia, significa que o projeto terá grandes chances de obter sucesso?

Eu como tenho focado minha liderança e gerência na área de humanas considero a resposta positiva :)


sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Mudanças de ambiente de trabalho

Pois é, como eu havia dito anteriormente, a diretoria quer criar a área comercial da empresa de uma vez por todas. Aplaudo essa idéia! Finalmente vamos de fato ter alguém especificamente nesta área. As minhas demandas e da LM (gerente administrativa) também vão diminuir bastante. Tudo muito bonito... se não fosse UM PORÉM!

Para realizar isso, a diretoria decidiu que a solução é passar toda equipe de desenvolvimento da sala onde temos na incubadora para o laboratório de pesquisa. Uma situação que, na visão deles, parece ser a mais simples.

Eu já expressei aqui minha opinião sobre o assunto. Hoje então falei com a equipe sobre essa "decisão". O que eu vi foi algo que me deixou novamente satisfeito: TODOS da equipe fizeram cara feia e rejeitaram de qualquer forma a mudança.

O motivo não é acomodação, ou algo deste tipo. O motivo é que eles tem consciência de que todas essas mudanças que eu implantei na empresa vão acabar. Motivação, comprometimento e produtividade serão MUITO afetados. Os principais pontos que eu pesquei na calorosa discussão que se sucedeu:

- No laboratório de pesquisa todas as máquinas são "colaboradas". Ou seja, vai dar confusão com certeza.

- Foco. É impossível se concentrar no laboratório.

- Produtividade. O rítmo é muito diferente lá. Por mais que eles tentem se blindar, vai ser impossível eles não entrarem em uma ou outra conversa.

- Painel de atividades e daily meetings. Não vão ter a mesma eficácia. Aliás, sequer vão poder ser aplicadas lá.

- Espaço físico. Lá, todos ficam muito juntos. As baias que eles tem na empresa para montarem os hardwares eles não terão lá.

- Privacidade. Aqui somos 7 pessoas, no máximo. Lá serão 15.

A impressão que passou, após a discussão, é que a equipe QUER trabalhar, mas a diretoria quer impedir isso. Mais um demonstrativo de que a metodologia de fato criou um ambiente muito positivo na empresa. E que a diretoria não enxerga, por estarmos vivendo em duas ilhas diferentes.

E se isso ocorrer mesmo? Passaremos a ter TRÊS ilhas: diretoria, comercial e desenvolvimento. Daí sim o apocalipse se aproximará...

O ideal seria dividir a nossa sala da incubadora em duas: a comercial e a desenvolvimento. Assim, inclusive, conseguiriamos alinhar o comercial com o desenvolvimento... e evitaríamos um problema que ocorreria COM CERTEZA: a eterna briga entre comercial x produção.

Segunda-feira eu acho que teremos novos capítulos dessa interminááááável novela.

Segunda reunião de avaliação

Hoje foi nossa segunda reunião de avaliação do nosso ciclo. Como eu havia dito anteriormente, nosso ciclo de desenvolvimento tem 2 semanas de duração. Na primeira segunda-feira (ou terça-feira) definimos os rumos, objetivos e metas para o final do ciclo. Na última sexta-feira do ciclo, fazemos uma reunião para avaliar o que foi feito.

Ainda não estamos focando nos resultados, pois uma das equipes não conseguiu definir os objetivos (Alô? Comunicação de novo? Siiim!). Então avaliamos novamente a empresa como um todo.

A reunião foi dividida da seguinte forma:

1) Daily Meeting (padrão de todos os dias)

2) Avaliação pessoal no geral do que vivemos durante o ciclo (pontos positivos, negativos, considerações, etc)

2.1) Primeiramente num foco geral

2.2) Depois, focando nos pontos positivos e negativos levantados na última reunião

3) Avaliação das atividades realizadas. Nesta reunião vimos apenas se as atividades rosas - aquelas demandas fora do planejamento - atrapalharam o decorrer do plano.

4) Discussão sobre mudanças na nossa metodologia, para adequá-la cada vez melhor as nossas necessidades.

Bem, felizmente conseguimos mudar dois conceitos do negativo para o positivo. Aqui na empresa utilizamos o "Excelente" do Sr. Burns para coisas positivas e o "Duh!" do Homer para coisas negativas.

O que passamos do Duh! para o Excelente! foi as questões de "Falta de equipamentos" e também da "Produtividade". Eu acrescentei ainda, no positivo, a "Motivação", pois é um fator importantíssimo para que as coisas andem da forma correta.

Em contrapartida, temos ainda cinco itens no DUH!, sendo eles:

- Mudanças de rumo freqüentes;

- Falta de comunicação entre equipe/diretoria;

- Falta de objetivos;

- Demanda alta de atividades "extra";

- Falta de clareza na relação entre empresa/laboratório de pesquisa.

Notem que estes cinco NÓS podem ser desatados de forma simples, bastando uma reunião e mudança de conceito da diretoria. O problema é a diretoria acatar e agir dessa forma.

Bom... novamente essa reunião de avaliação foi muito bacana. Foi possivel ouvir de cada um da equipe que as nossas daily meetings foram muito boas, já que todos sabem o que o outro está fazendo, temos horários definidos agora, a motivação, comprometimento e produtividade mudaram da água pro vinho...

E é interessante ouvir isso DELES!

Enfim, cada dia mais fico feliz com a mudança que foi realizada. Mesmo que esteja em fase inicial, os resultados são quase que imediatos :)

Abraços

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

LOST ...

Faz tempo que não assisto LOST, aquela série em que tudo acontece. Vi até o 6º episódio da 3ª temporada. Hoje estive pensando, como meu trabalho está parecido com o ambiente da série.

Na ilha dos bonzinhos (os desenvolvedores) tudo acontece. Eles vivem um dia após o outro, resolvendo problemas uns dos outros. A ilha dos "outros" (a diretoria) é um local de decisões estranhas.

Hoje meu chefe me ligou perguntando (ou melhor, comunicando) da decisão da mudança da equipe para o laboratório. A justificativa é de utilizar o espaço da empresa (uma sala pequena) para a área comercial.

A idéia é bastante inocente e até justa: empresa sem uma área comercial, não vai pra frente.

As variáveis é que não fecham. Senão vejamos:

a) De que adianta eu criar uma metodologia de desenvolvimento, se a diretoria toma medidas radicais, como a mudança do local de trabalho das equipes?

b) De que adianta eu vestir a camisa e abraçar os projetos, assumindo as responsabilidades de um gerente de projetos, se a diretoria toma decisões como esta e apenas me informa?

c) De que adianta eu ter lutado para motivar todos da equipe de desenvolvimento, que estavam com a motivação e o comprometimento lá embaixo, se a diretoria faz questão de mostrar para eles que a empresa vive uma inconstância permanente?

d) De que adianta eu viver gerenciando projetos, se não vejo a diretoria assumir a responsabilidade de focar na criação de produtos e/ou resultados que gerem lucro para a empresa? Temos quase uma dezena de projetos... e não há nenhuma priorização nem foco!

e) De que adianta eles me falarem constantemente que preciso passar para a equipe uma cobrança de empresa, se eles ainda consideram passar essa(s) mesma(s) equipe(s) para o laboratório de pesquisa?

Enfim... listei 5 pontos principais que irei abordar amanhã na reunião em que pretendo colocar alguns assuntos em pauta com a diretoria. O pior é que eu tenho absoluta certeza que eles não tomam essas decisões por mal (pensando em me desrespeitar, por exemplo). Eles confiam em mim. Eles fazem este tipo de coisa por pura ingenuidade: estão completamente por fora do dia-a-dia da empresa.

Engraçado é que eles constantemente me falam que estamos vivendo de um projeto FINEP, que encerra em fevereiro. E quando encerrar, se não tivermos receita de algum produto, a empresa pode fechar. Eles cansam de falar isso pra mim. Mas dai eu me pergunto, sou realmente EU que tenho que ouvir este tipo de coisa?

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Courrier mode [ x ] on [ ] off

Ufa! Estou numa correria novamente.

Cada dia que passa vejo que aquela frase: "O gerente de projetos é aquele que nunca está na sua mesa!" é verdadeira. Desde a semana passada eu quase não consegui parar sentado. Foi uma corrida para comprar os equipamentos e resolver alguns nós que estavam atados há algum tempo.

Já essa semana é porque estamos provendo o sistema de controle de frequencia de um evento na Universidade. Foi uma corrida para colocar, testar e treinar o pessoal que iria utilizá-lo. Contra todos os contratempos, conseguimos.

Acho que será nosso primeiro projeto que poderemos dizer que foi muito bem sucedido!

Gerente de projetos cansa... haja disposição! :)

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Mudança de estilo liderança...

Pessoal,

aqui fica uma sugestão para aqueles que tinham o mesmo problema que o meu.

Quando começamos a nossa trajetória no mundo da gerência de projeto, geralmente buscamos o comprometimento da equipe sendo muito complacentes ou amigos dos membros do time. Isso ocorre em quase todos os casos que eu conheci.

O problema é que essa "amizade" não traz comprometimento: geralmente faz com que a equipe o respeite apenas pela sua posição de tomador de decisão (se muito!) e acabe confundindo as funções de cada um na equipe. A empresa onde eu estou é pequena. Então essa tática de amizade acaba durante a curto prazo. Fico imaginando o resultado desse modo de liderança em empresas grandes... deve ser pior!

O fato é: como mudar a liderança?

A minha idéia foi aproveitar essa mudança (implantação da metodologia de desenvolvimento) para mudar também a minha atitude. Acho que esse tipo de mudança de liderança deve ser marcado por algum evento significativo. Mudar da noite pro dia traz uma sensação ruim para a equipe.


Felizmente o resultado foi positivo. Com a mudança, consegui introduzir o conceito de FACILITADOR o que trouxe um comprometimento legal por parte da equipe. Agora parece que eles conseguem me ver com lider, não só na hierarquia, mas também como lider de equipe.

O resultado até o momento está muito bom. O aprendizado também.

Tempos atrás levantei numa das listas que assino se um gerente poderia ser amigo dos seus subordinados. O resultado foi que pode sim, claro... mas dentro dos limites!

Minha sugestão para quem está na mesma situação que eu estava é tentar implantar essa nova mudança desta forma. Introduzam um evento para marcar essa mudança. E tenham coragem para mudar.. assumam a posição de líderes que realmente somos :)

Espero ter acrescentado algo!

Abraços

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Agilizando as coisas

Um dos pontos levantados na reunião, que foram indicados como negativos, foi a falta de equipamentos para realizar os trabalhos (empresa com sistemas de hardware...).

Pois sexta-feira e hoje fomos às compras. Consegui alocar uma verba que evita a burocracia e hoje fiz a alegria da equipe. Compramos desde plugs para cabos de rede até um switch e multímetro!

Também tínhamos uma lâmina branca enrolada lá, que ocupava horrores de espaço. Sempre estava a enrolação para fazer um quadro branco com aquilo. Peguei hoje e até o fim da semana devo ter isso transformado em um quadro.

Enfim, tá na hora de começar a desatar os nós. Os mais fáceis primeiro...

Tô moído hoje :)

Abraços

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Surpresas do final de semana...

O final de semana. Esse período de descanso e tranquilidade que todo gerente deveria ter para recuperar as pilhas para a próxima semana. Deveria.

Eis que no final de semana recebo dois emails do meu chefe.

No primeiro, ele muda completamente o planejamento para o novo estagiário que atuará na área de mobilidade. Não por culpa dele, mas dos outros integrantes da diretoria.

No segundo, ele faz umas sugestões de mudança de local de trabalho, passando parte da equipe para o grupo de pesquisa.

Basicamente foram essas duas mudanças. Agora imaginem vocês que eu escutei em muitas reuniões o seguinte: "Apesar dessa proximidade que temos com o grupo de pesquisa, mostra pros guris que empresa é empresa, ou seja, o rítmo é outro".

E agora, eles querem que os guris vivam como empresa no meio dos outros guris do grupo de pesquisa? Teremos a terceira ou quarta mudança de ambiente em menos de um ano?

Assim fica complicado.

Cada dia mais vejo a empresa sendo composta por duas ilhas distaaaaaaaaaaaantes... se comunicando por sinais de fumaça.

Hoje já falei para meu chefe que quero marcar uma reunião com a diretoria para expôr essa experiência descrita aqui (a metodologia de desenvolvimento). Acho que semana que vem faremos. Tá na hora de eles ouvirem um pouco o que os desenvolvedores tem a dizer...

Comunicação. SEMPRE é comunicação.