segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Ouvindo as bases...

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Semana passada fiz algo que eu considero muito importante para todos gerentes e líderes: ouvir as bases, ou seja, ouvir a sua própria equipe.

Como estamos finalizando um dos projetos, resolvi conversar com todos com quem tive maior contato durante esse período. E quis escutá-los sobre como eles viram os processos, a organização do projeto, a equipe e, principalmente, como eles me viram.

O feedback que eu tive foi muito bacana. Apontaram alguns problemas que eu já imaginava, mais relativos ao projeto, como por exemplo, na ânsia de entregar o meu primeiro projeto da melhor forma possível, fiz o bom e velho "gold plating" o que gerou um trabalho muito maior e dificultou a nossa vida.

Já quanto a mim, disseram que estavam gostando muito e que não tinham nenhuma crítica ou observação a fazer.

Eu deixei claro que era importante esse tipo de conversa até para que eu pudesse reduzir e melhorar as minhas deficiências e potencializar as qualidades. E que procuraria fazer essa reunião a cada período de tempo. Também reforcei que a minha idéia é sempre equalizar da melhor forma os três lados: empresa, cliente e equipe. E principalmente, deixei bem claro para eles que a cada vez que eles receberem uma tarefa, nunca apenas abaixem a cabeça e a façam. O ideal é sempre discutir o real objetivo e, se possivel, propor outras soluções. Vejam: não é uma reunião de retrospectiva, mas uma de feedback!

O interessante é escutar como as pessoas estão nos vendo, principalmente aquelas que convivem no dia-a-dia com a gente. As vezes podem surgir surpresas que nós nem havíamos nos dado conta. Sejam elas boas ou ruins.

O fato é: se você não ouvir o que a sua equipe tem para lhe dizer, você pode estará se fechando apenas no seu mundo. E deixará de perceber mais cedo coisas importantes que possam estar acontecendo.

Não tenha medo de sua equipe! Experimente amanhã mesmo: chame sua equipe e peça um feedback simples: "Como vocês estão vendo o meu trabalho? Como eu posso melhorar?".

Um abraço!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Scrum e XP direto das trincheiras

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Aproveitem. Agora não há mais desculpa!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Mudar de empresa é difícil. De área então......

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Certa vez estava ouvindo um podcast do Ricardo Viana Vargas, e ele comentou uma coisa que na hora me soou meio forçado, mas que agora vivo na prática. Ele disse que nós precisamos estar preparados não para só atender projetos de TI, ou de engenharia, ou de comunicação. Mas sim, estarmos abertos e preparados para atuar em várias áreas.

Aconteceu isso comigo, como você já sabe. Saí de uma pequena empresa de TI e fui para uma média empresa de comunicação. Apesar de ter uma veia de TI, é impressionante a diferença no dia-a-dia e no fluxo de trabalho.

A mudança de área é bacana, mas costuma nos levar a cometer erros primários... muito até por insegurança, na maioria das vezes. Uma decisão que tomávamos rapidamente, agora ficamos inseguros... pedimos opiniões...

Uma coisa que mudou radicalmente pra mim foi a forma de encarar o projeto. O meu primeiro projeto eu adotei como um filho, lógico. Quis entregar o melhor que eu podia e agradar ao máximo o cliente. Fizemos o site quase totalmente modular e orgânico. E eu me orgulhei bastante disso. Mas ao mostrar para o cliente, notei que ele não deu muita atenção. Por quê? Ora, pois para ele o mais importante naquele caso é o layout, as imagens, o texto...

Quanta diferença! Antigamente a coisa era a funcionalidade. O layout era deixado quase sempre de lado. Agora isso inverteu radicalmente! Felizmente agora já estou mais acostumado e adaptado. Inclusive me envergonhando cada dia mais das interfaces que fazíamos na outra empresa... hahaha :)

Outra coisa que tenho sentido muito é quanto as responsabilidades. Algumas coisas que antes para mim eram transparentes, agora são super importantes. E isso pesa demais no resultado final. São lições que estou tendo que aprender e assimilar o mais rápido possível, de forma a entrar realmente neste novo rítmo.

Enfim, o Ricardo Viana Vargas tinha razão. Não podemos pensar que vamos sempre viver na mesma área. Temos que estar preparados e procurar nos adaptar o quanto antes a qualquer nova realidade e desafio que teremos pela frente.

Mudar de empresa é difícil. Mudar de área é mais ainda.

Abraços!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

"A nossa pressão"

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O Max Gehringer, em um podcast, comenta sobre três aspectos das empresas. A nossa missão, que mostra o que a empresa se compromete em oferecer; a nossa visão, que mostra o que a empresa pretende ser num prazo de tempo... e a nossa pressão. A nossa pressão é exatamente aquilo que faz a empresa se mover para atingir as duas anteriores.

Vou usar esse termo "a nossa pressão" para este rápido post, pois ele sintetiza bem a importância do nível tático dentro da empresa, ou seja, o nível gerencial.

Vejam minha situação: estou com um projeto que foi o primeiro que eu recebi. Logicamente, estou tratando este projeto com toda atenção e disposição que eu posso ter. O cliente não é estratégico para a empresa, mas para mim é: é o meu primeiro projeto. E eu quero que ele dê certo.

Acontece que ao mesmo tempo que é o meu primeiro projeto e que eu estou bastante dedicado, ainda tenho a que lidar com a minha curva de aprendizado. Estou numa área nova, estou cometendo alguns erros e acertos e, principalmente, buscando assimilar e aprender com tudo isso. E este projeto possui uma deadline fixa e imutável.

O projeto foi sendo conduzido e organizado de uma forma satisfatória. O problema é que temos muitos projetos e menos colaboradores do que poderíamos, teoricamente. E acho que essa equação está certa por questões administrativas, que não vem ao caso.

Pois bem, o projeto tem o prazo de entrega para segunda-feira. Ainda faltam algumas pendências do projeto e ele precisa ser encerrado no mais tardar na sexta pela manhã. Só que eu estou sem pessoas para auxiliarem no desenvolvimento. E tenho o cliente desesperado do outro lado.

A nossa pressão, neste caso, está partindo do cliente, da equipe, da empresa e de mim! Ao mesmo tempo, é preciso lidar com cada uma dessas partes de uma forma diferente, pois preciso satisfazer a todas elas.

O que eu quero concluir com tudo isso?

O nível tático das empresas, graças à "nossa pressão", se tornou nada mais, nada menos, do que a grande SOMATIZADORA organizacional. Nós apanhamos (no bom sentido) de todos os lados e não podemos transferir a paulada adiante... temos que amortecer, filtrar e repassá-la de forma mais... carinhosa.

Eu começo a achar que os livros de auto-ajuda são feitos para gerentes... nunca para a população do nível estratégico e operacional :)

Não entenda mal. Este é apenas um post "motivacional" para todos os gerentes! :)

Não, sério. Eu estava conversando com amigos e chegamos a essa conclusão... quis apenas externar aos meus leitores. Fica como um incentivo ao auto-conhecimento.

Um grande abraço

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Why so serious?

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"Why so serious?"

Essa talvez tenha sido a frase do ano. Para quem não sabe, é uma das frases famosas do filme do Batman, pronunciada pelo Coringa.

Essa frase pode ser aplicada no nosso dia-a-dia de trabalho. Why so serious? Por que nós, gerentes, temos que ser tão formais ou frios com nossos subordinados?

Eu acredito que um bom ambiente de trabalho se inicia pela postura dos líderes ou, em alguns casos, chefes. Se você quer um ambiente descontraído é primordial que os líderes tenham uma postura mais descontraída. Um ambiente mais sério, pede líderes mais sérios. Isso depende de cada empresa e, principalmente, da cultura delas.

Onde eu trabalho temos a visão descontraída. Temos eventos descontraídos, temos líderes (gerentes e diretores) descontraídos, temos colaboradores descontraídos. E funciona! Salvo um ou outro caso de "esquecimento" da diferença entre descontração e profissionalismo (quando se confundem), o que é bastante raro.

Escrevo este post pois me deparo, de vez em quando, com pessoas em cargos de liderança e que acham que para ganhar o respeito de seus subordinados precisam ser (ou parecer) sérios, formais... as vezes até mesmo bravos (!). E então o ambiente de trabalho, que já é estressante por si só, acaba tendo mais uma carga de energia desnecessária, levando à insatisfação de todos os envolvidos. São pessoas que parecem ainda não entender a diferença entre líderes e chefes.

Você não sabe, também? Então vou citar quatro.

O líder delega. O chefe manda.

O líder escuta. O chefe fala.

O líder negocia. O chefe tem poder.

O líder inspira. O chefe amedronta.

O caso é que normalmente as pessoas seguem os líderes por acreditarem naquilo que ele acredita. Peguem como exemplo o caso de líder mais famoso da história: Jesus. Por acaso ele mandou que todos o seguissem, senão Deus demitiria os infiéis? :)

O líder precisa agir dessa forma sempre. Mas antes de tudo precisa de fato acreditar no que está fazendo, caso contrário ninguém mais o fará. Ser positivo é outra característica essencial. Mas atenção: ser positivo é diferente de ser otimista.

E é neste ponto que entra a frase "why so serious?". Se precisamos ser positivos, se precisamos garantir que nossos colaboradores estejam satisfeitos, por que temos que ser tão sérios e formais? Por que não causar alguns fatos novos e inesperados durante o dia-a-dia, por idéia nossa e sem visar notoriedade, mas sim o bem estar de todos?

Nesta última sexta-feira, por exemplo, eu planejei chegar mais cedo ao trabalho. Comprei 6 caixas de chocolate Bis e deixei dois tabletes na mesa de cada pessoa da empresa. Sem dizer nada para ninguém (apenas pedindo aos que já estavam no local que não dissessem que havia sido eu). O resultado foi muito bacana. Todos ficaram curiosos e especulando quem havia feito aquilo. Foram alguns reais que eu gastei do meu bolso, mas que gerou um resultado que valeu muitíssimo a pena. Não pretendo revelar que sou eu. Mas pretendo repetir isso periodicamente. Apenas pelo prazer de causar uma sensação diferente no ambiente de trabalho.

A minha empresa faz isso volta-e-meia. E como isso influencia no ambiente. Tanto é que as pessoas votaram como sendo uma das coisas que mais gostam no trabalho, exatamente o ambiente de trabalho. Isso não tem preço.

Mas a pergunta final fica para você: why so serious? Você já fez ou fará algo diferente pela sua equipe, apenas para vê-los felizes e estimulados?

Eu garanto, vale a pena! Para ambas as partes.

Uma ótima semana.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Comunicação interna - um velho problema

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Ontem na Zero Hora, jornal de maior circulação aqui no RS, havia uma matéria bastante interessante na seção de Empregos. Falava sobre alguns dos grandes problemas que assolam a vida dos empresários. Segundo a pesquisa realizada, a comunicação interna continua sendo um dos grandes problemas das empresas.

Eu tenho conversado com alguns colegas gerentes, seja pelas listas, seja ao vivo, e esse sempre é um dos assuntos que acabamos comentando: como garantir a informação? Como corrigir isto? Como criar contingências, se necessário? Até que ponto devemos explicar e até que ponto devemos apenas citar?

Essa é uma discussão que depende de vários pontos de vista e depende principalmente da (adivinhem), cultura da empresa. Existem empresas onde a informalidade funciona muito bem. Outras, a formalidade excessivamente burocrática também funciona. Eu acho que, como em tudo na vida, o meio-termo é sempre a melhor opção.

A informalidade é excelente. É aquele bate-papo rápido, aquele pedido de tarefa pelo chat ou ao vivo, é o uso de um taskboard simples... por outro lado, a chance de que essa informação se perca é muito grande.

A formalidade é o oposto. São formulários, memorandos, intranet, papéis e papéis. As informações seguem um fluxo rígido e isso garante que ela raramente se perca. Existem várias pessoas que devem aprovar ou desaprovar algo. Há templates para tudo, que nem sempre são preenchidos, diga-se de passagem. Essa garantia de informação, por outro lado, leva a uma extrema falta de agilidade para resolver assuntos críticos.

Porém, eu tenho uma opinião formada sobre isso tudo. Muito se fala em "a culpa é da comunicação interna" como se ela fosse alguma entidade da empresa, que está lá só para atrapalhar. Quantos empresários será que param e analisam: "Ok, falhamos na comunicação neste projeto/tarefa/etc. Como isso aconteceu?" e dai pode-se usar desde o bom e velho diagrama de causa-efeito até um simples mind-map. Ir mapeando o fluxo da informação e ver onde foi o ponto de falha. Descobrir porque falhou. E buscar trabalhar para mitigar este tipo de problema das próximas vezes. Mas ao que parece é mais fácil culpar a entidade fantasma "comunicação interna".

Qual a relação disso com o Agile? Ora, um dos pontos principais do agile é pensar em melhoria contínua. É parar durante um momento, analisar o que foi feito e discutir como podemos melhorar, onde erramos e onde acertamos. E duvido que a grande maioria das empresas que acusam "comunicação interna" como problema, realmente fazem isso.

Para algumas empresas, porém, fazer uma retrospectiva é perder tempo e dinheiro. Será que é mesmo? Tirem suas conclusões. :)

Abraços

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Tédio, tédio...

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É impressionante como quando fazemos o que gostamos, ficar em casa durante a semana é sinônimo de tédio.

Hoje precisei ir no oftalmologista. Estava com um problema nos olhos e pensei que poderia ser algo mais sério. Como das outras vezes, achava que só a manhã de folga seria o suficiente. Porém, acabaram usando dois colírios em mim (um para dilatar a pupila e outro que eu não sei o que era, mas ardeu a manhã toda) e o meu planejamento acabou indo por água abaixo. Fui recomendado a repousar o dia todo.

A primeira sensação é de "Oba!". Daí cheguei em casa (não conseguia abrir os olhos devido a claridade) e deitei para dormir. Lá pelas 13h acordei, pronto para ir pro trabalho. Sò que percebi que ainda não conseguia ir pra luz...

Então acabei ficando em casa. A contragosto. Sabia que havia muita coisa para fazer no trabalho, mas ainda assim eu não poderia ficar na frente do computador também. Peguei algumas coisas para ler, mas ainda assim o tédio falou mais alto.

Quando entramos em um rítmo como é no meu trabalho e, principalmente, quando gostamos do que estamos fazendo, nós acabamos não nos sentindo bem ficando em casa "descansando". O descanso vira tédio. Eu acabei me sentindo meio inútil!

Isso me fez lembrar de uma frase que eu achei sensacional do Max Gehringer e que tem tudo a ver com essa situação. Era mais ou menos assim:

Como você sabe se está gostando do seu trabalho? A diferença entre um e outro está no seu pensamento ao olhar o relógio, no trabalho, e ver que são 18h. Se você pensar "Puxa vida, já são 18h??" você está bastante satisfeito com seu trabalho. Se você pensar: "Oba! Hora de ir!" você provavelmente está encarando o trabalho como obrigação. A sensação temporal é inversamente proporcional à sua satisfação e motivação no trabalho.

Eu confesso que nunca imaginei que fosse trabalhar 9-10 horas por dia, algumas vezes, e nem me preocupar com isto. E exatamente por isso que tirar uma folga forçada e ficar em casa, o dia todo, pasmem, se tornou enfadonho para mim.

E vocês? Já tiveram sensação parecida?

Um abraço