quarta-feira, 11 de março de 2009

Excelente entrevista sobre RESILÊNCIA

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Segundo o dicionário, a resiliência é definida como um processo da física que remete à elasticidade, poder de recuperação e resistência ao choque.

No entanto, aplicada ao RH, a ferramenta pode tornar-se uma arma em tempos de crise. Para saber mais sobre o tema, a entrevistada da semana é Cátia Venturella, psicóloga e coordenadora do MBA em Gestão de Pessoas na Unisinos. A profissional - que também é diretora da consultoria Ecovivencial - discute as melhores formas de identificar e desenvolver a competência. Confira.

O que é resiliência?

É uma característica de pessoas que reagem positivamente às mudanças do ambiente, interagindo como agentes das mesmas. A pessoa resiliente se coloca em sintonia com as coerências e incoerências dos mecanismos de mudança e se faz presente de forma propositiva.

De que forma a resiliência pode ser aplicada ao mundo corporativo?

Nas organizações, as pessoas resilientes não são aquelas que discordam, reclamam, resistem às mudanças propostas. Mas também não são aquelas que concordam com tudo que a organização altera ou propõe como diferente. Na verdade, resiliente é aquele que orienta-se pelos resultados a longo prazo, enxerga à frente. Esta característica contribui para que novos rumos sejam traçados e até permite que se corrija certos erros estratégicos em processos de mudança.

A resiliência pode ser desenvolvida? Como fazê-lo?

Claro que sim. Para desenvolver uma competência tão pessoal, é preciso investir em autoconhecimento. Conhecer a si mesmo, identificando seus pontos fortes, tornando visíveis seus pontos cegos e melhorando aspectos que estão enfraquecidos em nosso jeito de ser é o caminho para se tornar mais competente em termos de características pessoais e atitudes necessárias ao ambiente corporativo. Especificamente com a resiliência, é preciso desenvolver-se em cinco tópicos: positividade, foco, organização, pro ação e flexibilidade. Positividade ao enxergar os aspectos positivos do furacão emocional que envolve toda mudança importante. Foco para determinar seu curso de atuação. Organização para priorizar os passos a serem dados. Pro ação para tomar as rédeas das situações e ser efetivamente um agente das mudanças. E finalmente, flexibilidade para discernir o que se quer ou não mudar e conseguir lidar com as adversidades do processo.

Em tempos de crise, a resiliência torna-se mais importante no ambiente empresarial?

Não diria em tempos de crise, mas em tempos de mudanças aceleradas e significativas. A flexibilidade e a tranqüilidade que a pessoa resiliente apresenta, mesmo em meio ao eminente caos, tornam-se um diferencial no mercado de trabalho. Os próprios treinamentos proporcionados pelas organizações têm focado bastante esta característica, percebo isto pela minha experiência como consultora. Há cursos diretamente relacionados ao tema ou que contem o desenvolvimento desta competência em seu conteúdo programático, todos de caráter prioritariamente comportamental, vivencial.

O que caracteriza um profissional resiliente?

Nas organizações, é a pessoa que percebe o mundo como uma série de oportunidades, das quais se escolhe participar ou não. Sabe o que quer e gosta de desafios e imprevisibilidade. Vê a mudança como algo que pode ser difícil e adverso, ou agradável e simples, mas sempre aprende com ela. Principalmente, é um agente de mudanças.

Competitividade é sinônimo de resiliência?

Não é sinônimo propriamente dito, mas claro que ser resiliente aumenta a competitividade em relação ao mercado de trabalho, pois aceitação consciente e coerente frente a desafios são aspectos muito procurados pelas organizações.

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E aí? Isso pode ser considerado uma habilidade a ser desenvolvida por todos nós? Eu acho que sim.

Um comentário:

Marc Fast Jobs disse...

No mundo empresarial só existe uma certeza: tudo vai mudar.

Ou você se adapta às mudanças ou as mudanças acabam com você.

Ser resiliente é um pré-requisito para sobreviver profissionalmente.