Eu sou daqueles que me sinto um idiota quando noto que alguma convicção minha vai por água abaixo. Principalmente com relação à pessoas.
Lembro que no meu último semestre da faculdade, enquanto fazia o meu trabalho de conclusão, estava fazendo apenas uma disciplina. E o professor da disciplina era daqueles professores que encantavam na aula: falava muito bem, dominava o assunto como ninguém, trazia situações e cases de empresas, etc. Mais ou menos o perfil de um professor de MBA, como estou tendo hoje.
O professor era tão bom que decidimos, em unanimidade, que ele seria o paraninfo da nossa turma que iria se formar. E foi, de fato.
Após a faculdade, procurei de alguma forma manter contato com ele. Lembro de ter tentado organizar uma palestra dele, sobre segurança na internet, para um evento que tentei organizar, online. Ele se mostrou bastante solícito e aceitou, mas infelizmente o evento acabou não saíndo.
Sempre vi nele o tipo de profissional que vale quanto pesa. Não digo que foi um modelo que eu segui, mas era um profissional que eu admirava.
Ele então se tornou presidente de uma grande organização estatal aqui no RS. E foi então que a minha convicção começou a ruir. Começou a ter o seu nome envolvido em escândalos... o último, publicado na Veja desta semana. Um colega do MBA que o conhece há algum tempo, afirmou que infelizmente isso tem tudo para ser verdade, devido ao seu comportamento anterior a este cargo.
E aí? Como se sentir vendo que aquele profissional que a gente admira age na verdade como alguém sem ética e responsabilidade?
Eu atualmente estou me sentindo um pouco como um idiota. Como se tivesse sido enganado... a mesma situação que todos nós sentimos quando elegemos e acreditamos em políticos e eles nos racham a cara. O problema foi descobrir que alguém tão perto é assim.
Uma pena. De verdade.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Pois é, infelizmente, nem sempre dá pra tomar como pressuposto que alguém competente tecnicamente é alguém ético.
Vide Daniel Dantas.
Às vezes a embalagem é melhor que o produto. Mas que outra forma de descobrir senão abrir a embalagem e conferir o conteúdo?
Às vezes pode decepcionar, em outras pode surpreender.
O imperdoável é quando o conteúdo é bom e perde sua qualidade quando "cai na boca" do sucesso.
Postar um comentário