Olá pessoal,
primeiramente desculpem por não estar postando diariamente. Mas como o meu pai está no hospital (cirurgia padrão, sem problemas) estamos às voltas com isso aqui em casa. Logo, logo tudo volta ao normal!
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Sabemos que uma empresa não vive sem conhecimento. Isso significa que todas aquelas informações que foram processadas e aprendidas durante várias horas/dias/meses/anos por sua empresa, vale mais do que qualquer equipamento que você possua. Estou exagerando? Adianta ter um super-mega-multi-hiper computador se o técnico que o opera e o conhece pedir demissão? (toc-toc-toc!)
Empresas pequenas, como a que eu trabalho, acabam se tornando totalmente dependentes dessas pessoas técnicas. Conheço uma dúzia de empresas, incluindo a minha, nessa situação terrível... literalmente de vida ou morte.
Hoje estive pensando em algumas formas mais simples e "ágeis" para realizar essa disseminação do conhecimento, mesmo que seja para todos os funcionários, de forma informal (dessa forma, reduzindo o impacto de uma saída brusca de um cérebro do time).
Imaginei duas maneiras bem informais, as quais pretendo tentar implantar como experiência para visualizar o resultado. Vou analisar os aspectos que eu considero positivos e negativos, inicialmente.
VIDEO: gravar um vídeo utilizando dois tipos de recursos. Vídeo com câmera, para o caso do sistema envolver hardware. Vídeo que captura a tela do computador, caso seja só software. A idéia é o desenvolvedor ir falando sobre o sistema, seguindo um roteiro simples. Algo como aqueles tutoriais que vemos bastante por aí. A idéia principal é responder: "Se nosso vendedor quiser levar o sistema para um lugar sem comunicação, o que ele deve fazer para instalar e apresentá-lo ao cliente?". É uma forma interessante, pois a fala é muito mais acessível para os técnicos do que a escrita. E o passo-a-passo na prática também é mais explícito do que o passo-a-passo na escrita. Isso é fato.
Lado bom:
- Se torna bastante intuitivo, mesmo que o vídeo seja longo. Você vê passo a passo o que o técnico está fazendo, sem GAPS que geralmente ocorrem (um exemplo: um dos meus funcionários foi documentar o sistema dele e identificamos vários gaps. Normalmente a justificativa é: "ah, mas isso é óbvio... o operador tem que saber!").
- Evita que os técnicos tenham que escrever. Sabemos que existem duas coisas que TODOS os técnicos odeiam: documentar um sistema e ... escrever (a não ser que seja no MSN).
Lado ruim:
- É preciso um roteiro para que o "tutorial" ou "how-to" seja coerente. Precisamos tratar isso como um mini-projeto, ou seja, precisaremos de um mínimo de planejamento para obtermos um resultado satisfatório.
- Não temos a possibilidade de "buscar" por determinados assuntos, como em um documento. Não se torna um artefato de consulta rápida.
SEMINÁRIOS/WORKSHOPS: fazer uma vez a cada mês ou dois, um seminário do time em que cada um tem 10-15 minutos para apresentar o que tem realizado. Por exemplo, o cara dos testes mostra como tem feito os testes, quais sistemas envolvidos, como codifica, como testa... e fica aberto para perguntas. O cara da interface idem. O cara do sistema principal também. Seriam seminários de curta duração (uma tarde, talvez) com o intuito de forçarem eles a exporem aos seus colegas (e, consequentemente, aos gerentes e diretores) o que tem feito. Ao mesmo tempo, se for conduzido da forma correta (com um feedback positivo), essa solução ajudará os tecnicos a melhorarem suas características de comunicação, desnibição, etc. o que seria um benefício indireto para eles.
Lado bom:
- O bate-papo, mesmo que técnico, sempre é interessante e agrega muito para todos. Todos terão a oportunidade de questionar, sugerir e criticar (de forma racional) a solução apresentada.
- Promove uma melhora nas características interpessoais dos técnicos, principalmente desnibição, comunicação, apresentação, raciocínio. Isso tende a ser um excelente extra para a empresa.
Lado ruim:
- Demanda de tempo para que os envolvidos organizem suas apresentações. Técnicos geralmente fazem PÉSSIMAS apresentações. Uma sugestão? PROÍBA O POWERPOINT! Isso mesmo. Force-os a falar com um quadro branco e uma caneta... no máximo com outros artefatos como UML e afins.
- Se os envolvidos não souberem se portar, o workshop se tornará um desastre. Pessoas entediadas, desinteressadas e desistimuladas serão uma energia negativa que além de detonar o workshop, irá tornar o seu técnico ainda mais introvertido. Chefes que não sabem escutar e dar um feedback da forma correta, serão agentes inibidores e também matarão o seu técnico.
Estas são as duas sugestões que eu imaginei. É claro que existem várias outras, mas a grande maioria das pessoas encontra-se em um período em que algumas soluções como "pair programming" não podem ser aplicadas. No meu caso, se eu aplicasse este conceito, atrasaria ainda mais o projeto (embora eu considere esta técnica BEM interessante!).
E você, caro leitor, o que achou das idéias? Possui outras? Escreva aí :)
Um grande abraço
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