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O meu chefe é um empreendedor. Um grande empreendedor.
Ele é daqueles que se tu pensa em A->B->C, ele consegue encontrar um jeito de chegar de A->C sem precisar do B, consumindo menos energia. Ok, talvez o exemplo tenha sido tosco, mas acho que deu para ilustrar.
Ter um chefe empreendedor, em uma pequena empresa, é garantia de sucesso nos dias de hoje, onde uma idéia costuma valer muito. Sucesso? Será? Este ano de 2007 serviu para me mostrar que não é só de empreendedorismo que vive uma empresa.
Ao realizar nossa 1a reunião estratégica, levantamos aproximadamente 15 projetos que executamos em 2007, sendo eles internos ou para clientes, iniciados, parados ou nem iniciados. 15 projetos. Uma pequena empresa com 5 funcionários que colocam a mão na massa, com 15 projetos!
Opa... empreendedorismo é sucesso?
Ao final da reunião, decidimos que nos focaríamos em 3 ou 4 projetos, apenas. Foi um alento para todos nós. Mas foi para mostrar um dos motivos que nos levaram a ter um ano tão ruim. Vejamos sob esta ótica:
A) Os dois projetos carro-chefe da empresa, de RFID e agronegócio, não tiveram a atenção necessária por parte de todas as camadas da empresa. Isso levou a atrasos, desorganização e falta de informações.
B) Estando nossos recursos humanos focados nestes projetos, cada um dos outros 10 projetos que vinha a tona, necessitava de uma realocação. Bola fora para o projeto principal, secundário e para o recurso humano que ficava sem foco.
C) Uma empresa com 15 projetos, com diversas áreas de atuação não tem uma identidade. Uma empresa que quer abraçar o mundo, acaba ficando sem nada.
D) O principal: cada MINUTO em que um recurso humano passou num destes 10 projetos, significou alguns R$ jogados fora, uma vez que os projetos morreram. 10 projetos... eu confesso que não quero saber quanto dinheiro foi jogado fora neste ano de 2007.
O meu chefe tem diversos contatos. E todos os contatos tem idéias para "bons projetos". Agora, esses "bons projetos" podem dar algum retorno significativo? Esse desespero para entrar no mercado DE QUALQUER JEITO não acabou levando a empresa à "quase ruína"?
Para mim, uma das grandes lições que aprendi no ano de 2007 é que uma empresa precisa ter um foco. Não precisa ser especificamente uma área de atuação ou um projeto. Podem ser vários, claro.
Mas querer abraçar o mundo e transformar "idéias" ou "suposições" em projetos... sem uma avaliação criteriosa, é jogar dinheiro fora. E fazer isso, hoje em dia, meus amigos, é morrer na praia.
Em tempo: um dos nossos "bons projetos" que mais consumiu horas foi um inovador sistema de vendas para lojas de varejo. O diferencial? Ele era WEB! Perdemos no mínimo uns 2 meses com 2 recursos alocados trabalhando neste projeto. Hoje ele jaz no lixo. Não aproveitamos NADA.
O legítimo exemplo de um projeto "inovador" que nasceu para morrer (e tentar matar a empresa!)
Um sintoma comum aos empreendedores assassinos... de empresas.
Um abraço!
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